Todas as coincidências
são meros fatos reais:
Em janeiro de 2001 tomei
um fora tão pesado que decidi virar padre. Mesmo sem ter experimentado muitas hóstias, o mundo de contemplação ascética era a única alternativa cabível
para superar o coice da garota preferida.
Sob o assombro da família
e dos amigos, eu seguia intrépido o caminho sacerdotal. Leituras bíblicas,
teológicas, diálogos filosóficos e o exemplo de alguns admiráveis padres
lançavam no coração esfalfado uma paz nunca sentida.
Após um mês de
abstenções, com a certeza visceral que só se tem aos vinte anos, decidi testar
minha profissão de fé. Fui passar o carnaval em Olinda.
Minha santidade só
durou até a Rua do Bonfim, onde uma morena cor de jambo (dessas que só
existem Nordeste) me pediu um gole d’água. Aquela morena era a encarnação de
Eva bagunçando a paz do meu paraíso. Mas se existe algo que todas as religiões do mundo concordam é que água não se nega. Meu derradeiro ato de consciência foi
repetir as linhas de Santo Agostinho:
Dai-me a castidade [Senhor]
-- mas não ainda...
Depois disso as
memórias são esparsas. Lembro do frevo, do sol, da chuva e do constante calor.
E lembro de loiras e morenas.
Que blz, esse coice divino tem sérias consquências mesmo kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirFabrizio Almeida
hahahaha muito bom! Viva o carnaval!
ResponderExcluirHahaha!
ResponderExcluirSensacional!
Por um momento temi que Santo Agostinho se metesse ali no meio - mas não ainda...
Abraços!
Eu estava em Olinda no carnaval desse ano e amei!
ResponderExcluir:)